O que é Gestão de MRO (e por que ela não pode viver em planilhas)?
Na indústria, aprendemos rápido que uma máquina parada custa caro. O que muitas vezes demoramos a perceber é por que ela parou. Frequentemente, não é por falta de um plano de manutenção ou de uma equipe técnica, mas por algo muito mais básico: a falta da peça certa, na hora certa.
É aqui que entra a Gestão de MRO – Manutenção, Reparo e Operações.
MRO refere-se a todo o inventário usado para manter uma instalação funcionando, desde peças de reposição críticas (como rolamentos e motores) até itens de consumo (como lubrificantes, luvas e EPIs). O problema é que, em muitas empresas, o software que gerencia a manutenção (o CMMS) não “conversa” com o sistema que gerencia as peças (o MRO), que muitas vezes é apenas uma planilha ou um módulo isolado no ERP.
Essa desconexão é um ponto cego que gera custos, atrasos e frustração.
O Elo Perdido: Por que sua Gestão de MRO não pode viver fora do CMMS?
Um Sistema de Gerenciamento de Manutenção Computadorizado (CMMS) diz a você quando e como uma manutenção deve ser feita. A Gestão de MRO diz a você com o quê ela será feita.
Quando esses dois sistemas não estão integrados, o planejamento falha. De que adianta seu CMMS agendar perfeitamente uma manutenção preventiva (PMP) se, no dia da parada, o técnico descobre que a peça necessária não está no almoxarifado?
A gestão de MRO não é apenas sobre contar estoque; é sobre garantir a disponibilidade do ativo. E para isso, ela precisa estar nativamente integrada ao seu sistema de manutenção.
Os 3 Riscos Críticos de um Inventário de MRO Desconectado
Manter a gestão de peças em planilhas ou sistemas separados do seu CMMS/EAM (Enterprise Asset Management) expõe a operação a riscos que vão muito além do almoxarifado.
Risco 1: Paradas de Máquina por Falta de Peças (O “Estoque Fantasma”)
Este é o risco mais caro. O CMMS emite uma Ordem de Manutenção. O planejador consulta uma planilha de estoque separada, que diz que a peça “A” está disponível. A equipe para a máquina, desmonta o componente e, ao chegar no almoxarifado, descobre que a peça não existe.
O que aconteceu? A planilha não foi atualizada em tempo real. O resultado é um aumento drástico no MTTR (Tempo Médio para Reparo), enquanto a equipe corre para encontrar o item. O custo do downtime da máquina quase sempre supera em muito o valor da peça que faltava.
Risco 2: Custos Desnecessários com Compras de Emergência e Excesso de Estoque
Quando o MRO não está integrado ao CMMS, o “pânico” dita as compras. Como o planejador não tem confiança no que há no estoque, dois cenários caros acontecem:
- Compras de Emergência: A peça falta (como no Risco 1), forçando uma compra de última hora com frete aéreo e pagando muito mais caro ao fornecedor.
- Excesso de Estoque (Capital Parado): Para evitar a falta, a equipe começa a estocar peças “para garantir”. Esse capital fica parado na prateleira, ocupando espaço e correndo risco de obsolescência, quando poderia estar sendo usado como capital de giro.
Um CMMS integrado permite definir parâmetros para disparos de requisições de ressuprimento automático, comprando apenas o necessário, na hora certa.
Risco 3: Ineficiência Operacional e Baixa Produtividade da Equipe
Quanto tempo seu técnico de manutenção gasta procurando peças ou ligando para o almoxarifado para confirmar se um item existe? Sem um CMMS integrado, o técnico em campo fica “cego”.
Ele não consegue consultar o estoque pelo celular, não consegue reservar materiais para um serviço futuro e não pode requisitar uma peça diretamente pela Ordem de Serviço. Esse tempo gasto em burocracia e logística é tempo que ele não está gastando na máquina. Isso diminui drasticamente a produtividade da equipe e aumenta os custos de mão de obra por reparo.
A Solução: A Gestão de MRO como Parte Integrante do seu EAM/CMMS
Plataformas modernas, como o Manusis4, foram desenhadas para eliminar essa desconexão, tratando o inventário e os materiais como parte essencial do ciclo de vida do ativo.
Visibilidade Total: Do Plano de Manutenção à Reserva de Peças
A verdadeira eficiência acontece quando a criação de um Plano de Manutenção Preventiva (PMP) já consulta o módulo de materiais e reserva automaticamente as peças necessárias para aquela data.
No Manusis4, o módulo “Materiais” permite a criação de múltiplos almoxarifados e a gestão completa de materiais de reposição, consumo e ferramentas. Isso garante que, quando a OM for gerada, os recursos para ela já estejam separados, garantindo a execução sem atrasos.
Mobilidade e Controle em Tempo Real
A gestão de MRO precisa estar no “chão de fábrica”, não em um escritório. Com a “Gestão de materiais no Manusis Mobile”, o técnico pode, diretamente do celular:
- Consultar a disponibilidade de uma peça em qualquer almoxarifado.
- Verificar onde a peça está localizada (endereçamento).
- Fazer a reserva ou requisição do material diretamente pela Ordem de Manutenção.
Não Gerencie Peças, Gerencie a Disponibilidade
A Gestão de MRO desconectada do seu CMMS é um gargalo silencioso que drena a eficiência da sua manutenção. Tratar o inventário como um sistema à parte é arriscar paradas, inflar custos e reduzir a produtividade da sua equipe.
Integrar a gestão de peças ao seu software de manutenção não é apenas uma melhoria de TI; é uma decisão estratégica para garantir a máxima disponibilidade e confiabilidade dos seus ativos.
